No começo da semana publicamos as primeiras impressões do Shelby GT500 2013, que deixou muita gente impressionada com os 662 cv despejados em seu cardã. Acontece que ele não tem realmente 662 cv. Não mesmo. Quem descobriu isso foi Steve Turner, o desconfiado editor da revista 5.0 Mustangs and Super Fords, que foi ao evento de lançamento e saiu de fininho com um dos Shelby para levá-lo a um dinamômetro, enquanto Jason Torchinski e o resto dos jornalistas tentavam domar o monstro em Road Atlanta.
Se você pensou que veria um caso de aumento mágico de potência típico de certa fabricante coreana, pensou errado. O teste em dinamômetro revelou que o V8 sobrealimentado do Shelby GT500 2013 produz 609 cv nas rodas – potência que sobe para 700 cv no virabrequim (onde é medida a potência declarada pelos fabricantes) se considerarmos uma perda mecânica de 15%.
São 700 cv em um carro que, numa comparação grosseira, custa 20% de uma Ferrari com potência equivalente. Isso soa como um golpe duríssimo no Camaro ZL1, 260 kg mais pesado.
Estamos diante de algo semelhante ao que houve com o Ford GT? Ou a lenda das unidades envenenadas cedidas à imprensa está de volta?